Neoclassicismo 2.0: Novas relações entre Estado e Povo.

Por Luiz Eduardo Silva Parreira

Nas aulas de relações internacionais e direito internacional, é comum haver entre os doutrinadores algumas dúvidas sobre quem são as pessoas de direito internacional e suas relações, pois pipocou acordos e tratados entre todo tipo de organização ou país, nos últimos anos. 

O que se nota é que a representatividade dos governos está deixando de ser absoluta no campo das ideias, e, agora, quando falarem pelo seus países, terão de estudar cada palavra, para não terem de se explicar para os seus próprios representados. Digamos que é o neoclassicismo 2.0 :-D

Noutro versar, vendo por um prisma menos macro, que nessa nova equação de poder, a opinião pública está mais forte do que nunca! E os sites de relacionamento têm dado - como a primavera árabe já demonstrou - voz àqueles que a mídia oficial nunca deixava aparecer. Como resultado tem-se que esteriótipos passam a ter rosto.

Uma excelente fotografia que resume a Primavera Árabe, na qual um manifestante escreve  a palavra Egito (em inglês), utilizando ícones da internet, o principal meio de difusão das ideias que derrubaram os governantes árabes de diversos países. Fonte PaperBlog

Está cada vez mais complicado - nas novas e velhas democracias - firmar um inimigo sem nome (difícil, mas não impossível). Com efeito, agora o morte ao Irã, a Israel, aos Cristãos, aos Árabes, enfim, morte ao inimigo genérico, passa a ser também morte ao Farshad, aquele cara legal do face; morte ao Ehud, aquele cara engraçado do Twitter; morte ao Ricardo, aquele blogueiro Católico com ótimos textos ou morte Aziz, aquele árabe com um site excelente sobre aviação.

Em veras, o conceito é antigo, pregado pelos doutrinadores católicos sob o motto: odeia-se o pecado e não o pecador. Mas que vem com força nesse início de século XXI.

Esse vídeo, de um professor israelense, resume esse outro zeitgeist. Muito bacana :-D



É a globalização chegando ao nível people, descendo da esfera Government e Business. Contudo - porque sempre tem um contudo - as instituições devem permanecer fortes e impessoais, fulcradas em valores éticos universais, pois muita gente com má índole já está usando esses novos conceitos geopolíticos para disfarçarem seus planos de extermínio de povos, conquistas de territórios ou massacre e perseguição de fiéis de outras religiões diferente da sua, a despeito de tudo o que se escreveu. 

O mal existe, a despeito de todo esforço humano, e para o combatermos, São Paulo dá uma dica na sua carta aos Gálatas (3, 16-22): combatê-lo com a caridade, a alegria, a paz, a paciência, a afabilidade, a bondade, a longanimidade, a castidade, a mansidão, a fidelidade, a doçura e a temperança. É o contra-peso frente ao materialismo/racionalismo puros, que tanta coisa ruim já fez com tão pouco tempo de existência ...


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